terça-feira, 22 de setembro de 2009

Família ê, família á

Laços afetivos. Núcleo de convivência. Fundamento da sociedade. Amor conjugal. Centro de referência. Indivíduos que compartilham genes, casa, quarto e parentes biológicos, ou não. Estes são conceitos sobre família, mas que estão sofrendo alterações no século XXI.

Essas alterações acabam por reinventar o conceito e o formato tradicional de família. É o caso do casal homossexual brasileiro, Michele e Carla, que, recentemente, conquistaram o direito de registrar seus filhos gêmeos no nome de ambas. Ou então o das novas famílias que agregam novos membros, ainda sem sabermos nominá-los. Essas alterações se tornam uma grande inclusão, um processo social que está nos levando não ao fim, mas à revalorização da família.

Pesquisas de comportamento mostram que, mais até do que amigos, os bichos de estimação são hoje vistos como filhos ou irmãos em boa parte dos lares que os acolhem. No Brasil, essa é a realidade em 44% das residências das classes A, B e C. Tal qual o cão Argos, de Homero, e a cadela Baleia, de Graciliano, os animais são cúmplices, com os quais seus donos vivem dores e delícias.

Esses laços afetivos dão sentido à vida e este é o motivo pelo qual as novas possibilidades não colocam os conceitos sobre família em desuso. Pelo contrário, quanto mais arranjos familiares forem inventados, mais a base familiar reafirma sua importância na sociedade.

Com a aceitação e inclusão, social e legal, dos novos conceitos sobre família, temos o século XXI marcado pelos diferentes e não menos importantes, arranjos familiares.

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